Muitos são os enigmas que envolvem a Ordem dos Pobres Cavaleiros de
Cristo e do Templo de Salomão. Ainda hoje em dia, quase tudo o que se
sabe sobre esses guerreiros monásticos se perde em um confuso emaranhado
de lendas e suposições.
Mais conhecidos como Cavaleiros Templários, durante muito tempo eles
foram vistos como homens de fé e coragem, que arriscavam a vida para
proteger os cristãos na Terra Santa. Mas essa não foi a única imagem que
deixaram: em sua trajetória, chegaram a ser apontados como negociantes
oportunistas que negavam a moral cristã e estavam interessados apenas em
consolidar seu poderio na Europa Medieval e, ainda, como sábios do
ocultismo, iniciados nos princípios da alquimia e em milenares
conhecimentos esotéricos.
Enquanto os estudiosos não encontram respostas definitivas, o
acirrado debate sobre o verdadeiro propósito da Ordem do Templo desafia
os séculos, ao lado de outras questões intrigantes, como a hipótese de
que a reunião dos antigos cavaleiros teria se transformado em uma
sociedade secreta e a suspeita de que ela guardaria tesouros de valor
incalculável – como o Santo Graal (o cálice que recolheu o sangue de
Jesus) ou a Arca Perdida (com, os mandamentos ditados por Deus a
Moisés).
A Ordem dos Templários, que se tornou uma das mais poderosas e
controversas organizações da história, foi fundada em 1119, quando nove
cavaleiros franceses, entre eles Hugo de Payns e André de Montbard,
anunciaram ao Rei Balduíno l de Jerusalém a intenção de criar uma ordem
de monges guerreiros para escoltar e defender os peregrinos cristãos que
viajavam a Terra Santa. Estávamos no tempo das Cruzadas, em que os
cristãos tinham não apenas conquistado importantes cidades sagradas,
como Jerusalém, Trípoli e Antioquia, mas também promovido uma verdadeira
carnificina, matando milhares de seguidores de Maomé (chamados também
de sarracenos, islâmicos, mouros ou muçulmanos), sem poupar nem mesmo
mulheres e crianças. Em busca de vingança, agora era a vez de os
sarracenos atacarem os cristãos, assaltando ou matando os peregrinos que
se propunham a se aventurar nas estradas que levavam aos lugares
santos. Nascia, assim, a justificativa ideal para a criação de uma ordem
militar da Igreja Católica, que prometia se entregar de corpo e alma na
luta contra os infiéis.
Tão logo a Ordem do Templo foi criada, instaurou-se a polêmica a seu
respeito. Sendo a primeira organização militar da história da Igreja
Católica, esbarrava em uma complicada contradição: como conciliar o
derramamento de sangue com os ensinamentos de amor e não-violêneia de
Jesus Cristo? A resposta estava na devoção religiosa. Ao entrar para a
ordem, os cavaleiros faziam votos de castidade, obediência e pobreza,
jurando abandonar as tentações do mundo em nome de uma verdade
espiritual. Movidos pelo idealismo cristão, eles não tinham outro motivo
para lutar senão combater as forcas do mal. Em uma época carente de
heróis e imersa em conflitos políticos e religiosos, não demorou muito
para que esses mordes guerreiros passassem a ser vistos como cavaleiros
honrados e destemidos, dispostos a tudo para proteger sua fé.
Ao mesmo tempo em que tornavam suas vitórias e seu idealismo
conhecidos, os templários passaram a receber um grande número de doações
em dinheiro, terras ou propriedades. Em sua maior parte, as ofertas
vinham de nobres e soberanos que, guiados pelo misticismo da época,
acreditavam que com esse ato expiariam seus pecados e ganhariam a
salvação no Reino dos Céus. Logo, castelos, terrenos, moinhos, aldeias e
outros bens faziam parte da Ordem. Com isenção de impostos, os
templários sabiam como fazê-los render: as terras e propriedades eram
arrendadas e geravam ainda mais dinheiro. Perto do ano 1300, a Ordem dos
Templários havia se transformado em uma das maiores redes de influência
da Europa, algo como uma multinacional medieval, que envolvia bancos,
transportadoras e uma série de outros serviços ligados à administração,
finanças e comércio.
Enquanto o sucesso financeiro dos cavaleiros aumentava dia a dia, o
mesmo não se podia dizer a respeito das suas ações militares, que cada
vez amargavam mais derrotas contra o exército dos muçulmanos. Com a
reputação abalada, os templários lutavam para se reerguer quando caíram
nas garras do poderoso Rei Felipe, o Belo, da França, que decidiu se
apoderar da fortuna da Ordem. Aliado ao papa Clemente V, o soberano
tramou uma conspiração para acusar os cavaleiros de hereges, assassinos e
adoradores do Diabo. Ao final de um processo cheio de irregularidades,
os membros da Ordem foram queimados vivos em praça pública, e seus bens
confiscados pelo rei francês. Jacques De Molay, o último grão-mestre dos
templários, foi um dos quase 500 guerreiros levados à fogueira em
Paris. Acabava, com ele, todo o esplendor e glória da linhagem original
dos cavaleiros templários.
O manto branco, por sua vez, simbolizava pureza e castidade, assim como uma pesada pele de carneiro que os cavaleiros eram obrigados a usar sob as roupas. Se um templário perdesse uma dessas vestes sagradas, imediatamente recebia uma rígida punição, que poderia chegar até a autoflagelação. Além da cruz e do manto, um dos mais famosos símbolos dos monges guerreiros era o emblema da Ordem, que trazia o desenho de um cavalo com dois cavaleiros, representando a irmandade e a humildade.
Fonte de Pesquisa: http://historiablog.wordpress.com/2008/10/02/os-cavaleiros-templarios/
Parabens pelo seu talento e paciência
ResponderExcluirObrigado Sidney, abraço!!!
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